O Corcunda do Nosso Dão
“As Músicas que os Vinhos Dão” foi o nome inspirador que encontrámos em 2014, para transmitir um conceito renovado de entretenimento e animação para a Feira do Vinho do Dão: um espetáculo musical associado à temática do vinho do Dão, transversal ao nosso país, mais muito particularmente cara a esta região do Dão. O jogo de palavras usado foi intencional e quis marcar também o objetivo de abordagem informal, popular, mas ao mesmo tempo eclética. Uma nome que virou marca, uma aposta nova e felizmente vencedora que hoje, 5 anos volvidos, é também uma das grandes responsáveis pelo crescimento constante de afluência do público durante os dias da Feira do Vinho do Dão.
“As Músicas que os vinhos Dão” conquistaram as pessoas, pela música, pela alegria, luz, cor, irreverência e, acima de tudo, qualidade e inovação. Hoje, contamos todos os dias para ver começar o grande espetáculo musical da Feira do Vinho do Dão e, no fim, as personagens ficam no nosso imaginário, as músicas ficam no ouvido e nas bocas das crianças e o sorriso… esse fica rasgado no rosto, à espera do ano seguinte.
Este ano, As Músicas que os Vinhos Dão contaram a história de um corcunda. Um corcunda e um vinho sagrado, à espera da honestidade renovada dos homens.
Sinopse
A Abadia da Maceração Divina do Dão alberga duas ordens católicas distintas: a Ordem dos Monjes Taninos e a Ordem das Monjas Castas. Não há no mundo mais nenhum lugar que junte, sob o mesmo teto, uma ordem religiosa masculina e uma religiosa ordem feminina. Mas há uma razão para isso acontecer. A Abadia guarda, há séculos, as melhores vinhas do Dão e, com elas, o segredo do melhor vinho de que há memória. Dizem os mestres sábios antigos, que aos homens não se confia um vinho e às mulheres não se confia um segredo e que, por isso, este vinho secreto teria de ser confiado aos dois em partes incompletas. Reza a lenda que o vinho mágico que prova esta perfeição vinícola repousa num baú velho trancado a 3 chaves algures nas catacumbas da Abadia. D. Míldio, o Arcebispo dos Monjes Taninos tem uma das chaves em seu poder. Outra das chaves está pendurada sob o hábito da Madre-Filoxera das Monjas Castas, por se acreditar que é um dos sítios mais inacessíveis do mundo. A terceira chave, diz-se, foi confiada pelos antigos, geração após geração, ao homem mais simples e honesto das Terras Altas do Dão e aos seus sucessores ensinados na virtude e na nobreza do coração.
Só as 3 chaves abrem o baú sagrado que guarda o vinho sagrado e o local é fielmente protegido por Quasimosto, um corcunda que vive desde bebé na Abadia. Certo dia, chega à Abadia uma jovem rapariga - Marisa - acusada por D. Míldio de tentar vender a terceira chave do vinho sagrado. A jovem é condenada a enclausuramento e voto de silêncio eterno. Mas Quasimosto ouve-a cantar. E a partir desse momento, percebe imediatamente que ela é pura de coração e que a voz dela guarda o segredo maior do Dão.
